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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Distúrbios do Aprendizado da Leitura e da Escrita

        Os distúrbios do aprendizado da leitura e da escrita são muito comuns, tanto na clínica fonoaudiológica quanto no dia a dia da escola.
        No que se refere aos distúrbios de leitura, podemos encontrar tanto dificuldades no processamento auditivo quanto no processamento visual.
       As dificuldades no processamento auditivo podem ser encontradas em criança que apresentam:
  •  distúrbio de discriminação auditiva e percepção que impedem a análise fonética, não percebendo, por exemplo, semelhanças entre sons iniciais e finais, como em "som" e "tom", "tio" e "tia";
  • dificuldade de análise e síntese auditiva, não sendo capazes de separar sílabas ou reorganizá-las formando palavras. Exemplo: "dei-ca-ra" não é reconhecido como "cadeira";
  • distúrbios na formação de sequências auditivas, trocando a ordem de sílabas como em "tevelisão" em vez de "televisão";
  • preferência por atividades visuais como jogos e atletismo;
  • baixo rendimento em atividades que envolvam ritmo, rimas e memória auditiva;
       A dificuldade no processamento visual pode ser encontrada em crianças que apresentam:
  • dificuldades de discriminação visual que gere confusão entre letras semelhantes: "b/d", "p/q" ou entre palavras com figuração geral parecida como "toca/foca";
  • baixa velocidade de percepção, impedindo a leitura, uma vez que cada letra é examinada muito lentamente;
  • tendência à reversão ("dom/bom") e inversão ("u/n");
  • dificuldade em seguir sequências visuais lendo "upa" para "pau";
  • alterações de memória visual geral, englobando inclusive experiências não verbais como recordar-se de um rosto ou de um lugar visto anteriormente;
  • desenhos pobres para a idade;
  • dificuldades de análise e síntese visual, tornando o indivíduo incapaz de montar um quebra-cabeça, por exemplo;
  • dificuldades em tarefas visuais, preferindo, portanto, atividades auditivas, tais como ouvir histórias em vez de jogar futebol.
     No que se refere aos distúrbios de escrita, podemos encontra:
  • desordens de integração visual-motora, alterações quanto à forma, direção e precisão do traçado (disgrafia);
  • deficiência de revisualização, na qual o indivíduo é capaz de ler, mas não consegue escrever, pois não pode evocar a imagem visual daquilo que deseja escrever;
  • deficiência de formulação e sintaxe, na qual a criança não organiza as ideias adequadamente ao escrever, mesmo sendo eficiente na utilização do código oral.
      As manifestações das alterações da leitura e escrita podem ser divididas em: desvios de forma e desvios de conteúdo.
     Nos desvios de forma inclui trocas, omissões ou inversões grafêmicas, que podem ser:
  1. Trocas de natureza perceptual auditiva:
  • "p/b", "t/d", "c/g", "f/v", "s/z", "x ou ch/g ou j" ou vice-versa: correspondendo a fonemas com diferentes traços de sonoridade;
  • "d" por "g", "f" por "x": correspondendo a fonemas com diferentes pontos articulatórios;
  • "s" por "t", "f" por "p": correspondendo a fonemas com diferentes modos articulatórios.
      As trocas de natureza perceptual auditiva podem refletir alterações de fala, de discriminação auditiva ou de processamento auditivo.

2.  Trocas de natureza perceptual visual, nas quais são incluídas:
  • trocas entre grafemas que representam o mesmo fonema e que envolvem memória visual como: "g/j", "x/ch", "s/ss/ç/c", etc;
  • trocas que envolvem o posicionamento da letra em relação ao espaço-papel, por exemplo: "p/b/q/d", "u/n", etc.
       Além dessas trocas, podemos assinalar aquelas que ocorrem pelo fato da criança desconhecer regras contextuais como "m" antes de "p/b", escrevendo "canpo" para "campo". Há, ainda, como desvios de forma a disgrafia e as alterações no ritmo da leitura.
      No que ser refere aos desvios de conteúdo, salienta-se que pode haver dificuldade na compreensão e na elaboração gráfica que geralmente são identificadas tardiamente. Além disso, o uso de marcas da oralidade na escrita, erros em sílabas de estrutura complexa, entre outras.
      Ressalta-se que antes de estabelecermos se a criança é portadora de um distúrbio do aprendizado da leitura e da escrita é necessária uma avaliação cuidadosa realizada por um fonoaudiólogo.
      O diagnóstico precoce é uma forma de prevenção e o professor deve estar atento para que seja capaz de detectar alterações que caracterizem um distúrbio ou que predisponham a criança a ele. Para isso, é preciso:]
  • verificar se a criança apresenta alterações de saúde geral, problemas auditivos ou visuais e sugerir aos pais que levem ao profissional adequado;
  • observar a fala da criança, investigando se ela apresenta trocas ou omissões de fonemas (após os cinco anos isso não deverá mais acontecer) que estão sendo reproduzidas na escrita;
  • utilizar o método de alfabetização adequado à criança;
  • estar atento para alterações emocionais ou manifestações comportamentais que denotem problemas desse tipo;
  • conscientizar os pais da importância de atividades que estimulem a leitura e a escrita, tais como ler livros para os filhos, valorizar a escrita e as produções da criança, oferecer materiais que permitam que ela desenhe, etc.

"Dicas" de observação do Distúrbio do Aprendizado da Leitura e da Escrita

      Os distúrbios do aprendizado da leitura e da escrita são muito frequentes e vão ser percebidos geralmente pelo professor. Suas causas mais frequentes são: déficit auditivo ou visual, imaturidade para alfabetização, problemas neurológicos, alterações socioemocionais, distúrbios da fala, e problemas gerais de saúde.
       As manifestações podem variar desde trocas e omissões grafêmicas até alterações gerais na elaboração e compreensão gráfica. É importante lembrar que para determinarmos se a criança apresenta ou não um distúrbio do aprendizado da leitura e da escrita deve ter sido exposta ao código gráfico por tempo suficiente para que ocorresse o seu aprendizado.
      Um aluno com distúrbio do aprendizado da leitura e da escrita pode apresentar:

Na escrita: 
            - trocas de natureza perceptual auditiva, além de trocas visuais e espaciais;
            - elaboração gráfica pobre;
            - disgrafia.

Na leitura:
           - dificuldade de compreensão e interpretação do que lê.

      No caso de observar alguma dessas alterações, o professor deverá encaminhar a criança à avaliação fonoaudiológica para que possa prevenir e tratar tais distúrbios.



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